QUEM É GRANDE ?
Alguns neofilósofos do futebol têm tentado nos últimos tempos incluir o São Caetano entre os grande clubes do Brasil. É algo tão ridículo que nem mereceria comentário. Porém, vou fazê-lo aproveitando o episódio do triângulo amoroso entre Flamengo, Dimba e o próprio time do ABC.
A imprensa já havia anunciado, no final de semana, o acerto entre o atacante e o São Caetano. Ontem, porém, houve uma virada repentina. O tal de Dimba deu uma banana ao time Paulista e fechou com o Flamengo. O que pesou na sua decisão? Certamente não foi a perspectiva de ser campeão brasileiro, pois o Flamengo briga para não cair, enquanto o São Caetano está naquele bolo de times que aspira ganhar o título. Também não deve ter sido a questão salarial, pois ele deve saber que o mês no Flamengo tem 90 ou 120 dias, e que o clube deve 200 milhões de reais. O que foi, então?
Simples: camisa, tradição, grandeza do clube. Já disse algumas vezes que, para mim, clube grande é aquele que tem grande torcida, que arrasta multidões, que dá manchete de primeira página nos jornais, que tem jogo mostrado pela TV e pelo rádio, que provoca discussões fervorosas nos bares, nas escolas e nas empresas. O São Caetano faz isto? Mas nem em sonho! E nem fará, pelo menos nos próximos 20 anos. Se o clube ganhar um título importante por ano, todos os anos, pode ser que daqui 20 anos tenha uma torcida capaz de encher um Pacaembu, e olhe lá... Já os grande clubes, por pior que estejam sendo administrados, continuarão a encantar, a apaixonar sua gente.
Dizer que São Caetano e outros clubes emergentes são grandes é um desrespeito à tradição do futebol brasileiro. O caso Dimba, para mim, mostra isto. O São Caetano é, apenas, o São Caetano.
Igor
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