segunda-feira, maio 02, 2005

SUPER-TIMES

Vendo o que tem acontecido no Corinthians, e me lembrando do Palmeiras no início da era Parmalat, vejo muitas semelhanças. O Tevez, por exemplo, é o Edmundo deles. O cara é habilidoso, cheio de raça e se identificou de cara com a torcida, que por sua vez se encantou com ele já na sua apresentação. Exatamente o que aconteceu com o Edmundo.

No Palmeiras, Edmundo brigou com meio time. Era explícita a antipatia mútua entre ele e Evair. Ambos batiam boca em todos os jogos. Também com Antonio Carlos a coisa era feia. Com este, Edmundo chegou aos tapas no vestiário, certa vez.

O Palmeiras escolheu Luxemburgo como técnico. Naquela época, ele era apenas uma grande promessa, pois só havia sido campeão com o Bragantino. Mas tinha um perfil disciplinador, além de ser estrategista. Já naquela época, mostrou ser excepcional para lidar com craques.

Acho que, time por time, os elencos montados pela Parmalat foram bem superiores a este da MSI. O talento do Tévez é indiscutível, e o zagueirão argentino também é muito bom. Fábio Costa é ótimo goleiro também. Mas Roger é meia-boca e o tal de Carlos Alberto, até agora, só serviu de enfeite. E não conseguiram resgatar de vez o futebol do Gil, perdido em algum lugar do Parque São Jorge.

Ontem vi o jogo do Corinthians com o Botafogo. Foi o primeiro jogo inteiro que vi dos caras. Queria ver o super-time completo, em campo. Achei fraco prá caramba. Não vi brilho, nem tampouco raça. Quanto ao Passarella, me decepcionei. Odeio técnicos que ficam no banco plantados como uma sequóia centenária, imóveis. Prefiro o perfil típico de técnicos gaúchos, que quase jogam junto com o time, como o Scolari e o Bonamigo.

Talvez esteja justamente no técnico a grande dúvida com relação ao Corinthians. Continua a ser favorito isolado para o título, mas vai depender de como o Passarella vai conduzir o grupo. Se não tomar pulso rapidamente, os caras entrarão para a história como uma constelação de craques inúteis. Não é fácil montar um super-time, e nem sempre eles vencem. É só ver o que acontece com o fiasco mundial chamado Real Madrid, um time de dondocas preocupadas em depilar sobrancelhas, participar de desfiles de moda e fazer propaganda para a Pepsi, que se esqueceram que deveriam estar lá para jogar bola.

Igor

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