PRÁ NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES

Estive ausente do Blog ontem por motivo de trabalho, não por fugir da raia após mais um vexame. Vexame, sim. Não pelo resultado, apertado que foi. Mas pela total omissão, pela covardia em campo. O Palmeiras não ganhou porque não quis ganhar. Quem entra para não perder sempre perde.

Indo aos fatos: não criamos uma real chance de perigo, exceto a cobrança de falta na trave; o São Paulo teve umas 4 ou 5.

Tudo bem que são 180 minutos, está 1 a 0 apenas. Se fizermos um gol cagado no Morumbi ficará tudo igual de novo. Acho também que algum segmentos da imprensa estão até ajudando o Palmeiras. O Lance!, por exemplo, estampou em página inteira a palavra FREGUÊS !, referindo-se à incrível vantagem de 4 vitórias em 5 jogos pela Libertadores, que o São Paulo tem sobre o Palmeiras.

A esperança é a última que morre. Aliás, diz-se por aí que o verde é a cor da esperança, não é mesmo? Há 12 anos a imprensa ajudou o Palmeiras após a primeira final vencida pelo Corinthians também por 1 a 0, ao mostrar o Viola imitando o porco. Uma semana depois o Viola e todo o Corinthians tiveram que enfiar não um porco, mas um enorme javali pelo rabo.

O que muitos se esquecem é que do outro lado há gente de brio também, além de uma camisa de muitas glórias. De repente, o São Paulo pode não estar em um dos seus melhores dias, mesmo contando com 90% da torcida. Eu não vou ver, pois não terei coragem. Como minha mulher não gosta de Star Wars e eu sou fã da série, escolhi a próxima quarta para ir ao cinema ver o 3o.episódio.

Fiquei contente por algumas poucas coisas: tudo deu certo, não houve violência, o que prova que jogos podem ser feitos no Parque. Outra coisa foi aquele lance do nosso mascote, o cara vestido de periquito, que entrou em campo antes do jogo com dois garotinhos de mãos dadas, um palmeirense e um são-paulino. Uma demonstração de fair play e de elegância do Palmeiras. Mais do que isso, uma demonstração de cordialidade e hospitalidade aos visitantes. Oferecemos também duas tribunas especiais com todo tipo de conforto aos cartolas tricolores, mas alguns deles, entre eles o senhor Juvenal Juvêncio, fizeram a desfeita de não aceitar, preferindo ver pela TV dos vestiários... Talvez fosse algo de pouca sofisticação, sabe-se lá.

Do nosso lado, não me surpreendi com a cortesia e a elegância do Palmeiras. Meu clube sempre foi assim.

Igor