sexta-feira, dezembro 17, 2004

Por que linha eu vou?

Se estamos entre jornalistas profissionais e somos idiotas da objetividade, abro aqui uma reunião de pauta.

Como abordaríamos o caso "seqüestro da mãe do Robinho" se fôssemos fazer a cobertura do ocorrido, agora que a mãe foi solta.

Como apresento o tema, me adianto em dizer que acho a história toda muito estranha e só vou começar a me convencer de sua veracidade a partir do momento em que o Robinho disputar a Libertadores pelo Santos.

Caso ele seja negociado por uma quantia muito alta, altíssima mesmo, vou ter de levar em consideração argumentações ouvidas de pessoas mais velhas que acham que ele foi negociado e não o colocaram em campo para evitar um contusão que atrapalhasse a negociação. Seria a forma de evitar turbulência.

Já levanto também o senão: teria sido forjado o seqüestro? Difícil de acreditar. Mas este me parece que, ao menos para torcedores comuns, também conhecidos como leitores, esta é mais uma história mal explicada como a do Ronaldo na final da Copa de 98. Teremos outra CPI?

A mãe dele não só sumiu como dissseram: silêncio! não quero ouvir uma conversa aqui, como se estivéssemos nós reféns de sequestradores. Agora que já podemos ao menos tirar as mordaças sobre o que falar?

Ou vamos aguardar nos tirarem as vendas?

É a penúltima grande história de um campeonato que de país sério, viraria livro, filme, jogo de computador e de playstation.... Site na internet... Comunidade do Orkut. Vou criar a comunidade "O inesquecível Brasileiro de 2004", que já deixou várias cicatrizes e promete mais.

Desde o cavalo de Tróia, pelo menos, acreditar em presente de adversário é perigoso. Se tantos acham que o Eurico é perigoso, por que acreditar que ele entregaria o jogo para o Santos. Que o Santos se prepare para o último adversário como fez para enfrentar o São Caetano.

Robinho será benvindo, mas ainda não há o que comemorar. Sinto muito pela mãe dele e fico feliz que ela esteja salva e com saúde. Mas ainda não há motivo para relaxar. O momento exige seriedade.

Como não há o que exaltar ainda, qual seria a nossa cobertura desse evento?

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