OS PINGOS NOS I´S
Eu consigo entender perfeitamente o que disse o Jorge. Eu também não me pauto apenas por dinheiro, embora goste dele. Jamais trabalharia numa empresa de cigarros ou numa de armas, por exemplo. Há um limite de ética própria que varia de pessoa para pessoa. Não critico quem o faz. Apenas digo que, para mim, não daria.
Realmente os contratos contêm cláusulas de recisão. Vale tanto para uma parte quanto para a outra. Da mesma forma que o jogador decide ir embora, o clube pode decidir afastá-lo sem dar maiores explicações. É uma relação profissional.
Porém, em que pese o fato de sermos todos retardados, hipocrisia irrita em qualquer momento. Até mesmo quem defende a independência do Grafite, como o Gabriel, por exemplo, vai às lágrimas quando um Amoroso ou um Grafite faz juras de amor eterno ao clube. Acho que quem entende tão bem este lado dos atletas não deveria sequer comentar atitudes demagógicas de jogadores, que são tão reais quanto notas de 3 dólares.
Ontem almocei com um amigo são-paulino e sua família (o Mané, do Arqui, Gabriel e Guido o conhecem). Perto do fanatismo da família - o avô do Mané foi fundador do SPFC - Gabriel e Guido são fichinha. Gostaria que vocês tivessem ouvido a opinião de todos sobre o Grafite. Não pelo fato de ter saído - eles entenderam os lados de Cicinho e Amoroso - mas pela forma como tudo aconteceu.
Ouvi, há pouco, entrevista do preparador físico do Santos, que trabalha com o Lixo e esteve com ele no Real Madrid. O cara disse claramente que o que manda no clube é o marketing. Em outras palavras, muitos jogadores (?) estão mais preocupados com as câmeras do que com o futebol. Nem precisamos dizer quais. Aos racionais e profissionais do blog eu pergunto: e isso, é profissionalismo? Talvez seja este o modelo que muitos defendam para o Brasil. Talvez morram de vontade de ver caras como Roberto Carlos, Beckham e Ronaldo aqui.
Sinceramente, prefiro ser retardado a torcer para um time como aquele. Viva o futebol de coração. Viva o amor à camisa. Ainda que de uns poucos que respeitam retardados como eu.
Igor
3 Comentários:
Isso é papo para horas em botequim. Trocaria a BMS pela Roche? Provavelmente sim. Mas não por toda e qualquer empresa, dependendo do que eu saiba sobre ela.
Não vou polemizar a questão de armas e cigarros. Como eu disse, respeito quem trabalha lá. Tem um ponto de vista diferente do meu, e só. Sou democrata e respeito opiniões alheias, desde que não tentem enfiá-las pela minha garganta.
Quanto à discriminação de negros pelo Palmeiras, foi mesmo uma vergonha, em que pese o fato de que isto aconteceu na maioria dos clubes do Brasil. Só que da mesma forma houve muita discriminação contra os palmeirenses, cruzeirenses e outros durante a II Guerra pelo fato de que a maioria era descendente de italianos.
Finalmente: um exemplo ao Júlio. O Marcos, palmeirense roxo e declarado, já recusou duas propostas da Inglaterra, sem falar nos assédios do Corinthians e do Santos, com muito mais grana envolvida do que ganha no Palmeiras. Preferiu ficar mesmo quando o time caiu para a Série B. Logo ele que acabara de ser penta-campeão e apontado pela maioria consciente como o melhor goleiro da Copa (claro que ninguém levou a sério a eleição o goleiro da Alemanha como o melhor jogador da Copa). São pouquíssimos, Júlio. Mas existem.
Igor
É verdade. Parece que o SPFC é ponto fora da curva, atéonde eu sei. Parabéns a vocês. Acho que o Vasco também.
John, a propósito: você conhece alguém do RH da Roche para eu mandar meu curriculum ???? HE, HE, HE, brincadeira.
Igor
Tem vaga?
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