Leão deve estar ganhando algumas centenas de milhares de reais por mês no Corinthians. Se não estivesse, não teria largado o conforto de dirigir o São Caetano, um clube que vai sempre correr por fora e que qualquer coisa será lucro junto à diminuta ou quase inexistente torcida.
No Corinthians, o desafio é oposto. Leão pegou o time na vice-lanterna, ou na lanterna, sei lá. Chegou rugindo para todos os lados com respaldo do Dualib, tá certo, mas sem apoio muito entusiasmado da MSI. Assumiu um time fragmentado. Dizer que o grupo está dividido é eufemismo, está mesmo aos cacos. Como disse o Citadini, se só houvesse 2 grupos no elenco seria uma maravilha. Pegou um grupo que tinha elementos prá lá de desagregadores, verdadeiros experts no assunto, como Ricardinho e Marcelinho. Além deles, Tevez, o craque-problema que gerou enormes ciúmes entre o elenco.
Leão fez uma aposta pesada. Como sempre se especulava, chegou para pôr fim ao reinado do Tevez. Tirou-lhe a braçadeira de capitão, zombou do jeito que o cara fala (fala?!) e o proibiu de defender a Argentina no amistoso contra o Brasil. Enfim, apostou alto e tomou o troco com o sumiço do cara.
Ontem foi a vez do Mascherano fazer aquele papelão. Não se pode afirmar que ele tenha forçado a expulsão, mas quem viu o lance tem sérias suspeitas a respeito porque ela foi simplesmente ridícula. Leão, na coletiva, botou panos quentes. Mas quem o conhece sabe que debaixo dos cabelos brancos ele fervia de ódio do cara.
É improvável que Mascherano continue por lá, sobretudo com a saída do hermano Tevez. E como vai ficar Leão? Não haverá meio-termo: se o Corinthians se recuperar e voltar a vencer de forma convincente, vai provar que era ele o cara que faltava ao clube, e não os craques argentinos. Terá, como parecia ter até o jogo de ontem, o apoio de 3/4 da torcida. Mas se o time continuar a perder não vai comer peru de Natal como técnico do clube, porque os que hoje o apoiam vão querer sua cabeça por ter sido o responsável pela saída dos gringos, ainda que isto já fosse certo e ele nada tenha influenciado.
Enfim, Leão é um cara de decisões. Pode-se falar o que quiser dele, menos acusá-lo de omissão em momentos difíceis. Ele assume a responsabilidade e toma deciões ousadas. Por isso ganha o que ganha. Zona de conforto não é com ele. Tenho algumas ressalvas a ele, mas o admiro. Se tiver um mínimo de apoio da diretoria vai colocar o Corinthians nos eixos.
Igor
o cara pode até merecer, ser bom profissional e tal. mas só se destaca justamente porque falta profissionalismo no meio futebol. no final das contas, ele fica mais conhecido por seu estilo do que pela competência técnica. se destaca por ter postura profissional no meio de uma porção de amadores. pode ser competente, mas isso fica até em segundo plano. chamam o Leão, em primeiro lugar, pra dar jeito no grupo que está rachado, não para armar o time em campo.
ResponderExcluirNão podemos esquecer que o Luisão fez de tudo para sair do TIME DA GARRA, por causa da presença do Leão, sem contar o Falcão que teve a possibilidade de uma carreira desfeita pela besta em questão. Não tenho raiva dele, apenas pena(apesar de sua competência profissional). E, sim, também acredito que após três derrotas seguidas ele vai ajudar "aquele amigo" lá do Japão. Ele apenas não terá as portas fechadas em quase todos os clubes brasileiros justamente por causa do que o Amorim disse: a falta de profissionalismo em nosso futebol. Pena.
ResponderExcluirSou obrigado a concordar com tudo o que disseram, sobretudo com o que disse nosso amigo rubro-negro.
ResponderExcluirTambém no Palmeiras fez cagadas monumentais. Hoje vejo claramente que temos vários ótimos valores no elenco (sobretudo os que vieram das categorias de base) que quase puxaram o carro por causa dele. E, entre os medalhões, o Paulo Baier que é hoje um dos principais jogadores do time não deixou o clube por questão de dias.
Isto sem falar na grande cagada de dizer que seu grupo de comandados era nota 5. Como será que ele pensava elevar a auti-estima de um grupo que estava por baixo falando aquilo?
Minha admiração por ele, contudo, reside no fato de não se omitir, não se curvar a ordens de qualquer diretor, como faz a maioria dos técnicos por aí.
Igor