"Em futebol, o pior cego é o que só vê a bola. A mais sórdida pelada é de uma complexidade shakespeariana. Às vezes, num córner mal ou bem batido, há um toque evidentíssimo do sobrenatural", Nelson Rodrigues. Neste blog, discutimos o futebol à luz de Shakespeare e à sombra do sobrenatural.
sexta-feira, junho 23, 2006
O falso dilema de Parreira
Ontem, todos os comentaristas vieram com a mesma história: " os reservas criaram um problema para Parreira". O técnico que já é gato escaldado saiu-se bem: "não é problema e sim solução, afinal de contas, Copa se ganha com 23 jogadores e não com apenas 11". Parreira sempre foi solomônico e tenho certeza que ele gostou muito mais da formação de ontem do que a dos outros jogos. É óbvio. Mas a resposta dele indica que dificilmente vai mexer com alguns titulares. Simplesmente porque Parreira tem medo de rachar o grupo em plena Copa. Assim que Parreira assumiu a seleção, tentou escalações completamente diferentes da de Felipão. O espírito era o de renovação. Os "reservas" da época, no entanto, decepcionaram e ele se comprometeu com os medalhões de 2002. Assim sendo, dificilmente Cafu saia para dar lugar a Cicinho e Zé Roberto não será subsitutído por Juninho Pernambucano. Acho que a única decisão para o jogo contra Gana será a de trocar Adriano por Robinho. Todas as outras mudanças serão feitas aos vinte do segundo tempo, como gosta o técnico brasileiro. Pode mudar a cara do jogo, mas acho que quem substitui bem, escala errado.
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