Robinho, o mer.ce.ná.rio.
Mer.ce.ná.rio adj. s.m. (aquele) que só trabalha por interesse financeiro ou vantagem material. (Houaiss - Dicionário da Língua Portuguesa).
Ao ver Robinho dançando o funk da despedida do Globo Esporte nesta tarde, foi a palavra que veio à mente. No caso dele até tem o componente 'violência' na história toda, a família ainda não superou o caso do seqüestro da mãe (talvez nem supere), mas não é, com certeza, o que move o jogador santista.
Por que os jogadores de futebol (e treinadores também) ficam tão na bronca quando chamados de mercenários? Ora, é exatamente isso que eles são. Como os antigos guerreiros que lutavam sob a bandeira das cidades-estados italianas ou os marinheiros dos 'man-of-war' ou 'privateers' dos impérios britânico e espanhol que singravam os sete mares saqueando uns aos outros.
E o mercenarismo não é uma exclusividade do jogador de futebol. O mundo do esporte é dos mercenários. Os atletas mudam até de nacionalidade desde que bem pagos para isso. Ninguém resiste a uma boa proposta financeira.
Qual o problema? Seria melhor se eles admitissem que jogam por dinheiro e fama, e parassem com aquela bobajada de beijar a camisa quando apresentados à torcida do novo clube, que é de uma falsidade sem fim? Amor ao clube, à camisa, à torcida? Pfff, bobagem. Eles querem é sair da lama.
Mas ao menor comentário sobre esse mercenarismo evidente, atletas dos quatro cantos do mundo se apressam a respondem, de peito inflado: Somos profissionais! Peralá: que profissional é esse que abandona o barco no meio de uma competição? Que profissional é esse que muda de nacionalidade por dinheiro?!? Que catzo de profissional é esse que joga todo o planejamento de uma equipe para o alto em busca de realização pessoal?
Melhor se assumissem serem mercenários. É menos constrangedor, com certeza...
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