A Nissan já está vendendo o Leaf, o primeiro carro elétrico a ser produzido em escala comercial.
Ele era o veículo oficial do C-40, o encontro de prefeitos sediado em SP.
As autoridades passaram 3 dias se locomovendo com ele.
Vi um sendo guinchado. Provavelmente porque acabou a bateria e não tinha onde abastecer o carro.
O passeio num guincho a diesel deve ter emitido, em um simples deslocamento, todo o gás carbônico poupado pelo carro durante o evento.
Pelo menos a propaganda na TV americana é MUITO BOA!!!
Vale a pena assistir ao vídeo, que apela para a consciência do consumidor para vender um carro que emite zero carbono.
O consumidor pode comprar um carro novo e ficar com sua consciência tranquila!!!
Mas será que isso é realmente verdade?
Em primeiro lugar, há que se considerar as usinas termoelétricas, que terão de ser usadas em muitos países para alimentar as baterias desses carros.
Como a matriz energética de muitos países é suja, substituir carros a combustão por carros elétricos, no máximo reduziria as emissões (já que a eficiência da geração de energia elétrica por meio de combustíveis fósseis é maior que o motor a combustão dos carros). Não zeraria nada.
Em segundo lugar, o Leaf (nem nenhum carro elétrico) vai resolver o problema da mobilidade. Trocar a frota de carros a combustão por carros elétricos pode melhorar o ar, mas não melhora o trânsito.
A indústria automobilística descobriu que se quiser continuar a existir, terá de se ver com os problemas ambientais.
Mais cedo ou mais tarde, ela perceberá também que terá também de desenvolver soluções para os problemas urbanos.
Nenhuma atividade econômica poderá sobreviver virando as costas para um imenso ralo de produtividade, qualidade de vida, tempo e dinheiro chamado trânsito!!!
Ainda vou ver um comercial na TV em que o filho abraça o pai calorosamente porque ele voltou mais cedo para casa.